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segunda-feira, 15 de abril de 2024

Porque os alienígenas não querem fazer contato conosco

 


Porque os alienígenas não querem fazer contato conosco:

Muitas pessoas se perguntam porque, afinal de contas, os alienígenas, que nos visitam de vez em quando, não querem fazer um contato definitivo com a espécie humana! Me parece que a resposta é bem simples: é porque eles não querem! Mas, porque eles não querem? Para responder esta pergunta, temos que fazer uma análise sobre o que os alienígenas esperam encontrar na espécie humana, e o que nós temos para lhes oferecer:


Partindo do princípio de que os alienígenas estão vindo de outros mundos, ou planetas, situados no espaço sideral, e não estão vindo aqui do nosso Planeta Terra, podemos supor que eles são possuidores de uma tecnologia espacial bem mais avançada, e que lhes permite fazer grandes viagens, com altas velocidades, ou seja, que eles possuem naves espaciais bem melhores e com tecnologias superiores a estas que existem atualmente no nosso planeta. Assim sendo, concluímos que os alienígenas que nos visitam tem cultura e conhecimentos muito mais avançados do que nós, terráqueos. E mais ainda, que eles aprenderam a lidar com conhecimentos muito vastos, que nós sequer podemos imaginar! 

Porém, acredito que existem certas coisas que os aliens ainda não sabem compreender direito, pequenos detalhes sobre a nossa espécie, e também sobre outras espécies que habitam aqui na Terra. Talvez seja isto que os fazem retornar para o nosso planeta, para prosseguirem nos seus estudos e, obviamente, obterem alguns recursos naturais que já se tornaram escassos em seus mundos.



Assim, existe algum tipo de “vantagem” ou alguma outra “compensação” que tem feito com que eles retornem, de vez em quando, ao Planeta Terra. O que ainda não sabemos direito é porque eles não querem fazer contato com a espécie humana. Mas, pensando bem, o que nós temos para lhes oferecer que eles ainda não tenham, não saibam, não conheçam, ou não dominem totalmente?

Pode ser também que eles tenham ordens e diretrizes superiores que os obriguem a não fazer contato conosco, ou também que os façam evitar se intrometer no desenvolvimento da nossa cultura, pelas próximas centenas de anos. Isto nós ainda não compreendemos direito. Mas, nós podemos fazer algumas conjecturas e considerações...

Sendo uma espécie de ser bem mais evoluído do que nós, os aliens não devem ter mesmo nenhum interesse em fazer contato com um primata arrogante, convencido, ganancioso e perigoso como é o ser humano! Temos muitos outros defeitos, nossa espécie é agressiva, egoísta, gosta de fazer a guerra, e também destrói o próprio meio ambiente em que vive. Sem falar que nós também consumimos outros seres vivos para nos alimentar! Pensando assim, acho que nós somos uma espécie muito perigosa e primitiva para eles e, por isso, os aliens não querem fazer um contato duradouro e mais esclarecedor com a nossa espécie. E talvez existam até outras espécies bem mais interessantes para eles estudarem, aqui na Terra.


Outro grande problema, que faz com que os alienígenas se afastem de nós, é que grande parte dos governos, em todo o mundo, são controlados por uma espécie de máfia, composta por políticos e funcionários públicos, que só pensam em obter vantagens pessoais, e procuram disseminar a desorganização e a ignorância no meio das populações que eles controlam. Eles preferem dividir e manter o povo na ignorância para melhor exercer o seu controle. Isto faz com que a criminalidade aumente, faz com que a violência e a ignorância se espalhe, e faz com que a população humana do nosso planeta padeça e sofra mais. Enquanto houver pessoas se matando por causa de um simples jogo de futebol, os alienígenas não vão mesmo fazer contato!

O ser humano, assim que aprendeu a dividir o átomo, já começou a inventar uma arma poderosa, para usar nas guerras que ele promovia. Foi assim que ele usou duas bombas atômicas para destruir duas cidades do Japão, matando mulheres, crianças, velhos e poluindo o meio ambiente. Foi um crime de guerra vergonhoso! Mais de 200.000 pessoas foram pulverizadas ou morreram por causa da radiação! Sem falar em outras grandes matanças que o ser humano causou. Acho que a nossa espécie ainda precisa evoluir muito, nas próximas centenas de anos, para que este contato com os alienígenas seja realizado.


Precisamos pensar em querer mudar, para melhorar a maneira como nos relacionamos e tratamos o mundo em que vivemos, e também os nossos semelhantes, inclusive a maneira como tratamos as outras espécies vivas do nosso planeta. Precisamos parar de ser uma espécie guerreira e perigosa, que só pensa em obter vantagens e em dominar outros seres do nosso planeta, incluindo a nossa própria espécie. Temos que parar de destruir nosso planeta, parar de fazer a guerra, parar de poluir e de matar outras espécies vivas. 




Talvez assim, daqui a uns 2.000 anos, eu suponho, nós já tenhamos nos transformado em outro tipo melhor de ser humano e, desta maneira, estaremos prontos para merecer um contato definitivo com os seres alienígenas!

 

terça-feira, 16 de agosto de 2022

Evolução física, mental e social da humanidade

 


Nem sempre temos condições de visualizar, de maneira correta, para onde caminha, e também para onde caminhou a humanidade. Tanto o futuro, como também o passado, da nossa humanidade precisam ser melhor entendidos e visualizados pelos pesquisadores, cientistas, historiadores e arqueólogos. O Planeta Terra nem sempre teve a forma como tem agora, e os seres humanos também nem sempre tiveram a forma física, mental e social como tem agora. Igualmente, no futuro, tanto a Terra como a nossa humanidade também vão ter uma forma diferente do que tem agora. Seremos diferentes fisicamente, mentalmente e socialmente também. O mais difícil é entender como se deu e como se dará esta evolução!


Precisamos aprender a visualizar os passos que a humanidade já deu e também os passos que ela vai dar, o que é uma tarefa muito difícil, em virtude dos problemas que temos, e do mundo em que vivemos. Ainda somos muito limitados, tanto mentalmente, bem como materialmente e socialmente também. Existem problemas e condições que nos impedem de ter uma correta visualização de como a humanidade realmente chegou até aqui, e como ela vai estar no futuro. Os estudiosos e pesquisadores tentam apresentar ideias e encontrar vestígios que nos mostram como foi realmente percorrido este caminho e como ele ainda vai ser percorrido, no futuro.

Muitos problemas e condições sociais impedem a humanidade de entender direito qual foi, e também qual será, o seu papel dentro da nossa Sociedade, e também dentro da nossa Natureza. Acho que a humanidade ainda não está suficientemente evoluída mentalmente para ter esta visualização, muito embora grandes progressos e grandes descobertas já tenham sido feitas. Ainda não sabemos direito como a história da humanidade aconteceu, e nem conseguimos visualizar e projetar direito como a nossa Sociedade vai ser, no futuro. Podemos fazer conjecturas, fazer projeções, tentar apresentar algumas respostas, mas sem as provas suficientes, e sem o devido conteúdo científico necessário.


Como de fato se deu a evolução física, mental e social do ser humano? Existem muitos estudos, mas, eles não são suficientes! Como vai ser a nossa Sociedade Humana no futuro? Também existem várias projeções e conjecturas, mas, sempre baseadas numa visão limitada da sociedade em que vivemos agora! Geralmente não levamos em consideração a geografia da Terra, que tem mudado muito nos últimos milênios. O derretimento das calotas polares, e o aumento do nível dos oceanos, tem soterrado muitas planícies baixas, com aconteceu com a antiga Beríngia, separando a América da Ásia. Modificações geográficas tem causado modificações na história e no modo de vida dos seres humanos. A queda de um cometa na Terra, no final da era do gelo, por volta de 10.500 anos antes de Cristo, causou modificações no clima que esfriou, e levou à extinção muitas espécies de grandes animais, como o mamute e o tigre dente-de-sabre. Isto também causou modificações no modo de vida dos seres humanos que viviam no final da chamada "Era do Gelo".

Estamos quase sempre tão ocupados, realizando nossas tarefas e o nosso trabalho, que não temos tempo para parar e meditar sobre o futuro e o passado da nossa humanidade. Infelizmente, as pessoas são educadas para servir a nossa sociedade, para servir a sua família, seus parentes, e quase não lhes sobra tempo para estudar e pesquisar sobre estes assuntos tão interessantes! Os parentes e também a nossa sociedade nos cobram uma maneira de agir e de nos comportar de acordo com as suas conveniências. Somos massificados, doutrinados e induzidos constantemente, tanto pela mídia, como pela escola em que estudamos, pelo trabalho que realizamos, e pela religião que seguimos. Enfim, quase não nos sobra mais tempo para nos dedicarmos a estudar sobre o passado e o futuro da nossa humanidade!
 

Mas, uma coisa já é certa: somos capazes de entender que o gênero humano vem evoluindo constantemente, através do tempo, e que seguirá evoluindo constantemente, tanto fisicamente, como também mentalmente e até socialmente também. Nossos ancestrais humanos eram diferentes de nós, sofremos uma evolução! Nossos ancestrais futuros também vão ser diferentes de nós, eles também vão sofrer uma evolução. Isto é muito fácil de se entender, desde que nós possamos dispor de um tempo extra para pensar e meditar sobre esta importante constatação!
Mas, o mais difícil de tudo é entender e visualizar quais vão ser as consequências desta evolução. No que tudo isto vai resultar? Como será a nossa sociedade no futuro? Como realmente a história da humanidade aconteceu? Aprendemos que os primeiros grandes impérios e cidades da humanidade apareceram nas margens dos grandes rios,  à cerca de 4.500 anos antes de Cristo, rios estes tais como o Rio Nilo, Ganges, Amarelo, Tigre e Eufrates, e assim por diante. Mas, recentes pesquisas históricas e arqueológicas parecem desmentir estes ensinamentos, pois já se sabe que existiram grandes cidades megalíticas no Planeta Terra por volta de 8.500 anos antes de Cristo, como é o caso de Gobekli Tepe, na Turquia:


Os antepassados da raça humana atual, os chamados hominídeos,  também foram subestimados, pois eles eram bem inteligentes e fortes, o suficiente para construir cidades megalíticas antigas, e que ainda não foram totalmente encontradas! O Homem de Neanderthal, por exemplo, tinha uma capacidade craniana superior a do homem atual, conforme vemos na figura abaixo. Se ele era bem inteligente, porque não foi capaz de construir também algumas cidades megalíticas? Mas, isto aconteceu durante a chamada Era do Gelo, ou até mesmo antes, e os seus vestígios se perderam ao longo da história do nosso planeta.


Com relação ao futuro da nossa sociedade, é quase certo que teremos uma sociedade bem diferente desta nossa atual. Já sabemos que este modelo de Sociedade de Consumo não pode mais continuar existindo. As evidências são bem claras, pois este modelo de sociedade está levando à destruição do nosso planeta, muito embora as elites não queiram concordar com isso. É claro que as elites são os maiores beneficiários deste modelo social, pois ele é concentrador de renda. Mas, não podemos mais admitir este modelo de sociedade, que está levando o mundo para a destruição. Nesta atual sociedade existem mecanismos de controle social, tais como a mídia, a religião, as leis e as forças policiais que impedem que a maioria se revolte. Mas, fica bem claro que as coisas não vão mais poder continuar assim por muito tempo. Em breve teremos mudanças na nossa sociedade, e elas irão beneficiar muito mais as classes sociais numerosas, como deve ser.


Outro problema existente é que vivemos num planeta onde os recursos naturais são finitos, enquanto que a população cresce de maneira infinita! Isto é uma discrepância, e no que tudo isto vai resultar? Fica bem claro que tudo isto vai resultar em muitos problemas futuros, revoltas, fome, mortes e epidemias. 

O nosso planeta já não comporta mais tanta gente e já está faltando emprego, espaço, água e comida para todos: 

                                

Mas, o que isto tudo tem a ver com a evolução do gênero humano? Bem, precisamos mais uma vez aprender a visualizar e induzir no que tudo isto vai resultar. No futuro, pode ser que a humanidade encontre abrigo em um outro planeta, depois de contribuir para a destruição deste planeta no qual se encontra agora! Isto também é uma discrepância, mas, temos que admitir que a humanidade não foi feita para viver em um outro planeta, com uma outra atmosfera, sujeita à radiação e também vários perigos que não temos por aqui. Vamos ser obrigados a aprender como preservar melhor este planeta em que vivemos, fazer um bom controle da natalidade, enquanto alguns cientistas malucos ainda não inventaram uma maneira de soltar um vírus terrível, que vai acabar com metade da humanidade, apenas para sobrar mais espaço para a a outra metade! 


Sabemos que a humanidade vem evoluindo física, mental e socialmente. Já existem estudos que mostram que existe uma nova raça de seres do gênero humano vivendo entre nós. Sim, em algumas ilhas da Ásia, no extremo oriente, já foram encontradas novas raças de seres humanos, que evoluíram a partir do Homo Sapiens. São humanos mais baixos, tem um raciocínio mais rápido, e ocupam menos espaço, em virtude da falta de espaço nas ilhas em que vivem. Assim, os seres humanos sofreram mais uma mutação para se adaptar ao seu meio ambiente.


Quem sabe, os oceanos vão ser melhor ocupados e explorados no futuro, resultando no aparecimento de um novo tipo de ser humano, fisicamente melhor adaptado às condições do meio aquático em que vamos viver. O Oceano Pacífico é uma grande porção do nosso planeta que ainda não foi devidamente ocupada. O ser humano pode se alimentar de peixes e algas, e isto vai resultar, sem dúvida, em modificações físicas e sociais. O ser humano, e outros seres vivos, habitam apenas a superfície do nosso planeta, apenas em uma pequena camada que existe na superfície, e que é chamada de biosfera. Ainda podemos habitar também mais fundo, abaixo da superfície da Terra, em escavações e cavernas.


Quem sabe os extra-terrestres, que dizem por aí que estão nos visitando, não tenham vindo do futuro? Quem sabe eles não sejam apenas uma evolução física e mental da nossa própria raça humana? Particularmente, eu acredito que sim, uma vez que o ser humano tem uma grande capacidade de evoluir, fisicamente e tecnologicamente! Está bastante claro que estes seres extra-terrestres, ou alienígenas, podem ter vindo do futuro, e que eles possuem traços físicos bem comuns com a nossa atual humanidade.


Eles possuem uma tecnologia que lhes permite viajar no tempo, e estão vindo estudar a nossa humanidade atual. Acho que eles não podem interferir muito nas nossas vidas para não mudar o curso da nossa história! Mas, nós somos os seus antepassados! Quem sabe eles não são aquilo que vamos nos tornar, num futuro distante? Ninguém pode dizer que não existe esta possibilidade!

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

O mercado das criptomoedas

 


Criptomoedas:


Criptomoedas são um tipo de dinheiro eletrônico, que começou a ser usado na década de 90, e que não são emitidas por nenhum governo ou banco. Elas surgiram inicialmente pela vontade de se substituir o dinheiro tradicional por alguma outra forma de meio de troca. A mais comuns das criptomoedas são o bitcoin e o ethereum. A comunidade da rede do bitcoin costumava ser regida pelo site bitcoin.org

Em 1998 o engenheiro de computação chinês Wei Dai, formado na Universidade de Washington, sugeriu usar a criptografia como forma de controle das emissões e transações feitas com um novo tipo de dinheiro digital. Ele desenvolveu a biblioteca criptográfica Cripto++ e criou um sistema de criptomoedas, chamado b-money, que dispensava o uso de uma autoridade central (Banco Central) para fazer o controle das moedas, como acontece com as moedas convencionais, como o dólar e o real, por exemplo. Mais tarde, ele também criou o bitcoin, uma criptomoeda com a qual você pode transferir fundos de A para B sem precisar confiar em um terceiro para efetuar esta simples tarefa!

Criptografia é o uso de códigos, ou sinais, para impedir que terceiros possam ler, ou decodificar, as mensagens existentes nos dados. Assim, a criptografia pode ser usada para garantir a segurança dos dados e das informações confidenciais.

Segundo os historiadores, a primeira pessoa a criar uma linguagem de programação para as máquinas “inteligentes”, foi a matemática inglesa Ada Lovelace, em 1843. De lá para cá, o processo de criação dos computadores evoluiu muito, dando origem à atual Era da Informática!


Quando os dados de um programa de computador são criptografados, é aplicado um algoritmo para codificá-los, de modo que eles não tenham mais o formato original! Estes dados só poderão ser decodificados para o formato original com o uso de uma chave de decriptografia específica, (um certo tipo de senha).

Algoritmo é uma sequência de operações que procuram obter uma solução para um determinado tipo de problema, e com a finalidade de chegar a um objetivo específico. Uma receita de bolo, por exemplo, é um tipo de algoritmo que tem como finalidade chegar até a preparação final do bolo. Assim, um algoritmo são os passos necessários (instruções) para se realizar uma determinada tarefa! Um fluxograma feito por um programador de computadores é outro exemplo de algoritmo.



Agora, já sabemos que um algoritmo é um conjunto de diretrizes que permitem solucionar um problema, usando um certo número de etapas. Dentro do universo das criptomoedas, um algoritmo de consenso é aquele que é aceito por todos os elementos de um grupo, para se evitar as atividades fraudulentas!

Todas as transferências de valores são registradas em um livro razão (blockchain) que pode ser compartilhado, garantindo assim a transparência do sistema de criptomoedas. Também são oferecidas informações (tokens) e determinados blocos de transações para os participantes de determinadas redes de criptomoedas, com a finalidade de encorajar os participantes a fazerem novos investimentos na rede.

Em 1998 o engenheiro de computadores Wei Dai publicou um artigo, onde ele descrevia um sistema de Caixa Eletrônico Anônimo que podia ser distribuído para um grupo de participantes anômimos que, usando pseudônimos digitais indetectáveis (apelidos), podiam efetuar pagamentos com dinheiro, uns aos outros, inclusive com a possibilidade de fazer cumprir contratos firmados entre eles, sem a ajuda externa, de fora da rede. 



Naquela ocasião, Wei Dai também descreveu os principais conceitos do b-money e que foram posteriormente aplicados na criação do bitcoin e em outras criptomoedas. São eles:

 

1- prova de trabalho no computador, conhecido como “Prova de Trabalho”.

2- verificação do trabalho pela comunidade, que depois atualiza um livro razão coletivo.

3- o trabalhador (também conhecido como “minerador”) recebe um fundo (recompensa) pelos seus esforços.

4- a troca dos fundos é feita por uma escrituração coletiva, que depois é autenticada por meio de hastes criptográficas.

5- os contratos entre os participantes são feitos por meio de transmissões e assinatura de transações, onde são usadas as assinaturas digitais, e onde é usada uma criptografia de chave pública.

 


Hastes criptográficas são blocos de senhas garantidas pela criptografia, e criptografia de chave pública (ou assimétrica) é aquela que usa duas chaves públicas codificadas para cada participante da rede de criptomoedas, para garantir a segurança dos dados. A segunda chave pública é parelhada, e o portador da chave tem que fazer ela coincidir com a segunda chave pública!

Mais tarde, estes estudos chamaram a atenção de um empresário anônimo, conhecido pelo apelido de Satoshi Nakamoto, que decidiu contratar Wei Dai e Adam Back para desenvolver uma criptomoeda, que foi chamada de Bitcoin! Adam Back é um empresário britânico que faz parte de um grupo informal de pessoas que defendem e são muito interessados em criptografia (cypherpunks). Juntos, eles criaram o primeiro banco de dados e registro de transações com criptomoedas, no ano de 2008, chamado Blockchain.



No universo das criptomoedas não existe um Banco Central para interferir, acompanhar as transações e controlar o sistema. Por isso, as transações precisam ser registradas e validadas por um grupo de pessoas que usam os seus computadores para gravá-las no Blockchain. Estas pessoas são conhecidas como Mineradores e, pelo seu trabalho, elas são remuneradas com novas unidades de criptomoedas. Assim, o Blockchaim é um registro das transações com criptomoedas, ou um banco de dados públicos, onde fica o histórico de todas as transações realizadas com cada unidade de criptomoedas, estatísticas e informações do mercado de criptomoedas do Bitcoin.

Wei Dai também criou a Crypto++, que é uma biblioteca gratuita de código aberto dos algoritmos e esquemas criptográficos. Ela tem sido usada em projetos estudantis, projetos não comerciais e até por algumas empresas.



Em abril de 2007 Wei Dai, com a ajuda de Ted Krovetz, professor de Ciências da Computação da Universidade da Califórnia, criaram o algoritmo VMAC, que é um código de autenticação de mensagens que usa uma impressão digital universal (hash universal).

A criptomoeda Ethereum foi organizada por Vitalik Buterim em janeiro de 2014, e lançada no dia 30 de julho de 2015. Vitalik é um programador russo-canadense que nasceu em Moscou. Imigrou com sua família para o Canadá, quando tinha apenas 6 anos de idade, e começou a desenvolver a ideia desta criptomoeda no final de 2013.

Inicialmente, o Ethereum nasceu da ideia de uma plataforma descentralizada para desenvolvimento de um software que facilitava a criação de novas empresas e programas que compartilhavam de um único blockchaim. Posteriormente, acabou por se transformar numa criptomoeda também.

O Ethereum é o resultado de uma divisão da sua rede de criptomoedas, após um hacker ter encontrado uma falha na rede, em 2016, e ter roubado cerca de 50 milhões de dólares em Ether (a moeda da rede Ethereum). Assim, a moeda antiga desta rede passou a se chamar Ethereum Classic, e foi criada uma nova moeda, com o nome tradicional de Ethereum.

O empresário anônimo, apelidado de Satoshi Nakamoto, investiu na criação da tecnologia do Blockchain, em 2008, para criar o primeiro banco de dados para registro das transações com as criptomoedas do Bitcoin. Em 18 de agosto de 2008 ele registrou o nome de domínio bitcoin.org, onde também criou um site neste endereço. Em 31 de outubro de 2008 Nakamoto publicou um artigo chamado “Bitcoin: um sistema de dinheiro eletrônico”.


Em 09 de janeiro de 2009, Nakamoto registrou o software do bitcoin na plataforma do SOURCEFORGE, inaugurando a sua rede, e minerando o primeiro bloco número 0 do bitcoin (bloco de gênese). Para isto, recebeu uma recompensa de 50 bitcoins!

Em 2010 Nakamoto decidiu encerrar a sua participação no projeto do bitcoin. Entregou o controle do repositório de código-fonte e a chave de alerta da rede para o desenvolvedor de software Gavin Andresen, e também transferiu vários domínios para membros proeminentes da comunidade bitcoin, desaparecendo em seguida!

Repositório de código-fonte é uma ferramenta que serve de plataforma para hospedagem de software. Também pode permitir (ou não) que os participantes da rede acessem os programas armazenados. Duas das principais plataformas de armazenamento de código-fonte são o GitHub e o GitLab.

Gavin Andresen (ou Gavin Bell) foi o desenvolvedor líder do bitcoin até 2014. Ele foi o criador da Bitcoin Foudation, em setembro de 2012, para promover o desenvolvimento desta criptomoeda. Em 2013 a criptomoeda bitcoin mudou de nome para Bitcoin Core, devido a problemas técnicos com o software. Mas, o Bitcoin Core só foi lançado oficialmente em 2016, com uma melhoria de escala, para otimizar o tamanho do bloco do bitcoin.


O preço do bitcoin oscila muito de um dia para o outro, e até mesmo no mesmo dia. Por exemplo, em 19 de novembro de 2013 o preço do bitcoin subiu para US$755 e depois caiu para US$378, no mesmo dia! Em 2014 os preços começaram em US$770 e depois caíram para US$314 ao longo do ano! Em 01 de janeiro de 2017 o preço do bitcoin estava em US$998.

Em 01 de agosto de 2017 apoiadores dos grandes blocos do bitcoin, que estavam insatisfeitos com as melhorias implementadas, no Bitcoin Core, resolveram bifurcar o software para criar a criptomoeda Bitcoin Cash. Os preços do Bitcoin Cash começaram em US$998, em agosto de 2017, e conseguiram atingir o seu recorde histórico de US$19.783,06, em dezembro de 2017!

Hoje em dia, a função de principal desenvolvedor e supervisor do bitcoin é desempenhada por Wladimir Van der Laan, que mora na Holanda. Ele é atualmente o principal mantenedor líder do repositório de código fonte do Bitcoin, na plataforma do GitHub. Van der Laan também vem sendo auxiliado por Peter Wuille e Greg Maxwell.



O ainda desconhecido Satoshi Nakamoto registrou o software da criptomoeda Bitcoin no serviço de hospedagem Sourceforge, em 09 de janeiro de 2009. O Sourceforge é um serviço da Web que oferece aos desenvolvedores de software um local centralizado para controlar e gerenciar projetos de software livres e de código aberto.

O Sourceforge fornece uma série de serviços, tais como: um repositório do código-fonte, rastreamento de bugs, wiki para documentação, espelhamento de dowloads para balanceamento de cargas, fóruns para suporte ao usuário, listas de discussão para desenvolvedores e usuários, boletim de notícias, e microblog para publicação de projetos e atualizações. Também oferece acesso gratuito e hospedagem para os desenvolvedores de software livre e de código aberto. Em agosto de 2009, o domínio Sourceforge.net atraiu mais de 33 milhões de visitantes!

Em setembro de 2020 o site do Sourceforge afirmou que já estava hospedando mais de 502.000 projetos e que já tinha mais de 3,7 milhões de usuários. Desde 2012 o site do Sourceforge vem sendo executado no software do Apache Allura, que é um programa especializado para gerenciar repositórios de código fonte, vários relatórios de erros, páginas wiki, discussões, blogs e outras ferramentas para projetos individuais.

O repositório de código-fonte, além de conter a hospedagem do software de uma criptomoeda, ele também é um programa usado para gerenciar diferentes versões do desenvolvimento de um documento qualquer. Ele também é chamado de Sistema de Controle de Versões (VCS ou SCM).



Software Livre é o programa que permite ao usuário executar, acessar e até modificar o código-fonte, e também redistribuir cópias com (ou sem) modificações. Já o código-fonte é o conjunto de palavras ou símbolos, escritas de forma ordenada, com instruções feitas em linguagem de programação, e de maneira bem lógica! Este conjunto de palavras e símbolos formam as linhas de comando!

Um autenticador de mensagens é uma parte do programa com informações usadas para autenticar uma mensagem e evitar violações, aumentando assim a privacidade. Uma sequência de operações (algoritmo) do tipo MAC, com função de dispersão chaveada, é aquele que recebe uma chave secreta e também uma mensagem para ser autenticada. Ele fornece como saída uma etiqueta (do tipo MAC) que protege a integridade dos dados e garante a sua autenticidade!



Atualmente existem mais de 1500 criptomoedas no mercado mundial. Algumas das mais conhecidas são Bitecoin Core, Bitecoin Cash, Ethereum, Ripple (XRP), Litecoin, Bitecoin SV, EOS, Tether, Zcash (Zec), Tezos, Monero, Cardano, Stellar, Nem, Dogecoin, Ethereum Classic, Niobium Coin, etc.

A criptomoeda Bitcoin Cash sofreu uma nova ruptura em 2018, provocada por dois grupos de investidores rivais, e deu origem ao Bitcoin ABC (ainda chamada de Bitcoin Cash) e Bitcoin SV. O fato é que no início de abril de 2018 o Bitcoin SV estava cotado em US$58,19, enquanto que o Bitcoin Cash (ABC) estava cotado em US$293,36.

No ano de 2019 as criptomoedas que mais se valorizaram foram: Binance Coin subiu 475%, Tezos (XTZ) subiu 255%, Litecoin (LTC) subiu 254%, Bitcoin Cash subiu 166%, EOS subiu 158%, Bitcoin Core subiu 134%, Cardano (ADA) subiu 106%, Monero (XMR) subiu 93%, Ethereum subiu 91%.

Neste ano de 2020 as criptomoedas que mais subiram foi a Chailink, que valorizou 768%, e a Bitcoin SV, que valorizou 280%. Aqui no Brasil, a criptomoeda que mais se valorizou em 2020 foi a Tezos, do Banco BTG Pactual, que subiu 145%.

Aqui no Brasil, também foi lançada uma criptomoeda, em 17 de outubro de 2017, pela Bolsa de Moedas Virtuais Empresariais de São Paulo (BOMESP), utilizando o padrão ERC-20 do Ethereum, chamada Niobium Coim (NBC), em referência ao nióbio, metal do qual o Brasil é o maior produtor mundial!



Muitos projetos de criptomoedas não dão certo e acabam morrendo. Por isso, é preciso cautela antes de investir, e procurar diversificar os seus investimentos, ou seja, não colocar todos os seus ovos na mesma cesta!


O fato é que as criptomoedas apareceram com o advento da Era da Informática, mas continuam sendo um tipo de moeda digital elitizada, sem o lastro do ouro, e acessível para uma minoria que conhece bem informática e dispõe de tempo para fazer as pesquisas de mercado. Existem Corretoras de Valores que fazem o investimento para os menos informatizados, mas, elas cobram uma determinada taxa pelos seus serviços. As criptomoedas vieram para beneficiar uma elite informatizada, geralmente com curso superior, que conhece um pouco do idioma inglês, pode comprar um microcomputador ou celular, e tem boas noções de informática. 




Assim, a maioria da população mundial ainda desconhece este tipo de investimento e continua confiando nos tradicionais investimentos do Sistema Monetário Mundial! 

A preparação deste resumo sobre criptomoedas também foi uma tentativa de colocar algumas pessoas à par do funcionamento deste novo mercado de investimentos. Afinal de contas, todas as pessoas devem ter o direito de investir nas criptomoedas e de sair lucrando!

 

 

 

 

 

 

terça-feira, 8 de setembro de 2020

A contribuição dos varegues para a formação do Estado Feudal na antiga Rússia



A contribuição dos Varegues na formação do Estado Medieval Russo:

Os varegues eram comerciantes, ou conquistadores, de descendência viking e escandinava, vindos da região do Mar Báltico, e que ocuparam grandes porções de terras nas planícies da Rússia Ocidental, particularmente nas regiões atuais da Bielorrússia e da Ucrânia, e que contribuíram para a formação das bases do Estado Medieval da antiga Rússia. Eles deram origem às dinastias Rurik e Romanov, que governou a Rússia por muitos séculos.

A preocupação maior dos vikings e veregues era criar rotas comerciais e abrir caminho, desde o Mar Báltico, até as ricas regiões do sul da Ucrânia, onde estavam as colônias do grande Império Bizantino e também os ricos Califados Árabes. Eles desenvolviam atividades de comercio e pirataria, pois tinham no sangue, e na sua cultura, as tradições dos povos vikings, terríveis guerreiros e navegadores escandinavos da Idade Média.
Para atingir os seus objetivos, os varegues começaram ocupando a região de Novogardia, no norte da Rússia, no litoral do Mar Báltico, onde fundaram a cidade de Novogardia Magna. Depois, foram descendo pelas planícies da Rússia Ocidental até alcançarem os vales dos rios Volga e Dnieper. O uso de navios de baixo calado, dos vikings, facilitou o avanço pelos rios desta região. Eles foram bem recebidos pelos nativos eslavos do norte da Rússia, pois eles precisavam de guerreiros combativos para impor ordem na região.

Posteriormente, eles procuraram dominar as antigas rotas comerciais que ligavam várias cidades do litoral do Mar Báltico, na Escandinávia, com as colônias gregas do Mar Negro e do Mar Cáspio. Assim, sem saber, eles fizeram a ligação de dois mundos diferentes, ligando a Europa Medieval com as desenvolvidas cidades comerciais do grande Império Bizantino e dos ricos Califados Árabes. Eles passaram a controlar as estradas e os rios que se dirigiam para o sul. Aos poucos, os veregues foram criando importantes reinos por onde passavam, como os famosos Principado de Quieve e o Principado de Volínia, e introduzindo a sua cultura e modo de vida por toda aquela região que foram dominando.

O primeiro rei destes principados foi Rodrigo Rurik, um veregue viking responsável pela criação da famosa Dinastia Rurik, que governou estas terras da Rússia desde o ano de 862 depois de Cristo, até o ano de 1605, quando foi substituída pela Dinastia dos Romanov, uma dinastia que também tinha laços de parentesco com os antigos comerciantes veregues. A Dinastia Romanov governou a Rússia até 1917, quando foi deposta pela Revolução Socialista Bolchevista, que procurou modernizar o país.
O filho de Rurik foi Olegue de Quieve, o qual continuou o trabalho de seu pai e ajudou a implantar um Estado Medieval na antiga Russia, que durou praticamente até o final do Século XIX! No final do século XIX as grandes cidades da Rússia já tinham uma vida moderna, mas, as aldeias do campo ainda estavam submetidas a um tipo de dominação medieval, exercida pelos antigos nobres e grandes proprietários de terras. A história desta antiga região da Ucrânia é muito rica e contém episódios bastante interessantes!


Graças a um intenso comércio feito pelos veregues com as colônias do Mar Negro, e também graças a algumas guerras para conquistas territoriais, o Principado de Quieve se desenvolveu muito, e deu origem ao poderoso Reino de Quieve, que englobou também outros principados e deu origem à "Rússia de Quieve".
O Reino de Quieve conseguiu englobar grandes extensões de terras, que iam desde o litoral do Mar Báltico até as margens do Mar Negro, onde ficavam as antigas colônias fundadas pelos gregos.
Os varegues da Dinastia Rurik, do Reino de Quieve, fizeram as chamadas Guerras Russo-Bizantinas, contra o Império Bizantino e a cidade de Constantinopla. Isto resultou em alguns tratados que lhes deu vantagens comerciais importantes.
A cidade de Constantinopla era muito difícil de ser conquistada, porque os bizantinos detinham o conhecimento da fabricação e utilização do chamado “Fogo Grego”, que era uma espécie de combustível que podia ser jogado nos inimigos, através de uma espécie de sifão, (um tipo de lança-chamas).

A Marinha Bizantina era muito respeitada, por causa do uso do Fogo Grego contra os navios inimigos! Ninguém sabe ao certo como era fabricado o Fogo Grego, um segredo militar, mas, alguns estudiosos acham que ele era feito de várias substâncias incendiárias misturadas, tais como, betume, resina de pinheiro, nafta, óleo, azeite, etc. Na verdade, o Fogo Grego era um certo tipo de “gasolina incendiária”!
Uma lenda russa diz que Santo André navegou pelo Mar Negro e esteve na colônia grega de Quersoneso Taurica, na Península da Criméia, onde evangelizou diversas pessoas. Uma segunda parte desta lenda diz que Santo André resolveu subir o Rio Dnieper, até a região onde seria construída a cidade de Quieve. Nesta região, ele teria erguido uma cruz, numa colina, e feito uma profecia: a de que ali seria o berço do cristianismo em terras eslavas!

Verdade ou não, o fato é que Santo André, que era o irmão mais velho de São Pedro, viajou para a Grécia, onde formou uma forte comunidade cristã, perto da cidade grega de Patras. Em Patras ele ainda se desentendeu com os administradores daquela cidade, e foi condenado a morrer crucificado, numa cruz em forma de “X”, no ano de 60 depois de Cristo. Existe uma bonita igreja, na montanha em que Santo André esteve, na atual Kiev, chamada Igreja de Santo André.
Depois da morte de Santo André, o Imperador Constantino mandou transladar os seus restos mortais para Constantinopla. Mas, algumas das suas relíquias foram levadas para Roma, onde ficaram guardadas na Catedral de Amalfi.
A Ucrânia é hoje um país muito religioso, mas, considerando-se a índole guerreira do povo viking, somente uma religião como o cristianismo, que pregava a paz e a benevolência, é que poderia colocar um pouco mais de tranquilidade naquela conturbada região da Rússia, durante esta fase da Idade Média.

Uma outra pessoa muito cristã foi a Rainha Olga Prekrasa, do Reino de Quieve, que era descendente do Príncipe Rurik. Olga era uma mulher muito boa, generosa e caridosa. Por isso, foi santificada mais tarde, e passou a ser conhecida como Santa Olga.
O filho de Olga, Sviatoslav I, não seguiu os seus passos, e preferiu ficar cultuando os antigos deuses dos veregues, importados da região da Escandinávia, tais como Perun, (Perunú), o deus do trovão e da tempestade, mais conhecido atualmente como Thor! Ele não gostava de ficar muito na Corte, preferindo fazer excursões de conquistas em outras regiões da Europa.
O neto de Santa Olga foi Vladimir I, dito “O Grande”. Ele era filho de Sviatoslav com uma escrava chamada Malusha. Ela vivia dentro de uma caverna, mas, foi levada até a Corte do Reino de Quieve para fazer profecias. Foi na corte que Malusha conheceu o rei Sviatoslav, com quem teve um romance, que resultou no nascimento de Vladimir.

Vladimir, o filho bastardo do rei de Kiev com a escrava Malusha, foi morar na Escandinávia, onde formou um exército. Depois, ele voltou para o sul, onde conseguiu conquistar o Reino de Quieve.
Num primeiro momento, assim como aconteceu com seu pai, Vladimir também passou a cultuar as antigas divindades escandinavas. Depois, resolveu seguir mais para o sul, para invadir as colônias gregas, tais como a colônia de Quersoneso, o mesmo lugar onde Santo André também esteve, fazendo a evangelização da população. Quersoneso ficava no sul da Península da Criméia e, hoje em dia, é conhecida pelo nome de Sebastopol. Em Quersoneso Vladimir sofreu a influência da cultura bizantina, e também do cristianismo ortodoxo, adotado em Constantinopla.
Vladimir tinha o desejo de se casar com Anna Porfirogênita, irmã do Imperador Basílio II, de Constantinopla. Basílio era apelidado de Bulgaroctono, que quer dizer “matador de búlgaros”.

Basílio II disse que concederia a mão da sua irmã desde que Vladimir adotasse o cristianismo como religião! Basílio também lhe pediu que introduzisse o Cristianismo Ortodoxo nas terras da região de Quieve. 
Vladimir sabia que Basílio queria fazer uma aliança com o já poderoso Reino de Quieve. A princípio não gostou muito da ideia de abandonar os seus deuses escandinavos, mas, depois entendeu que os povos varegues e eslavos precisavam ser catequizados. Assim, resolveu concordar com a ideia de ser batizado e acabar com aquela sua vida de guerreiro rebelde viking.
Vladimir I foi batizado no ano de 988 depois de Cristo, quando também se casou com a Princesa Anna. Na verdade, este casamento representou um acordo para a união de Constantinopla com a Dinastia Rurik e o Reino de Quieve. 
Isto permitiu ao Imperador Basílio II ter o auxílio das fortes forças do Exército Varegue, para garantir a segurança da sua cidade. Basílio passou a ter até uma guarda pessoal, formada por guerreiros vikings, chamada de “Guarda Varegue”.
Vladimir voltou para Quieve, onde deu início à sua obra de evangelização dos varegues, eslavos e demais habitantes das planícies da Rússia de Quieve. Ele foi o responsável pela entrada do Cristianismo Ortodoxo na Rússia.

Vladimir teve algumas esposas e, ao todo, 12 filhos! Mas, aos poucos, foi deixando sua antiga vida de viking e se adaptando à filosofia cristã. Mais tarde Vladimir, assim como aconteceu com sua avó Olga, foi canonizado pela Igreja Ortodoxa, e recebeu o nome de São Vladimir. No local do seu batismo, em Sebastopol, na Criméia, fica hoje a Igreja de São Vladimir.
A tomada de Quersoneso pelas forças do Reino de Quieve, permitiu que os eslavos e os descendentes dos antigos veregues tivessem passagem livre e definitiva para o Mar Negro e para as colônias do Império Bizantino, garantindo assim seu acesso aos produtos e riquezas do vantajoso comércio com o Oriente Médio.
Vladimir I permaneceu como rei da Rússia de Quieve até agosto de 1015, quando faleceu. No processo sucessório, um dos seus filhos, Jaroslau, (Yaroslav), acabou se destacando, e assumiu o trono em 1019, com o nome de Jaroslau I, conhecido como “O Sábio”.

Durante o governo de Jaroslau I, que durou até 1054, a Rússia de Quieve atingiu o auge do seu crescimento cultural e poder militar. Jaroslau criou o primeiro Código de Leis Eslavas-Orientais, chamado de Russkaia Pravda. O Código de Leis foi divulgado entre a população do reino e representou a primeira tentativa de colocar uma ordem jurídica na sociedade eslava da Rússia de Quieve.
Jaroslau (ou Yaroslav) casou-se em 1019 com a filha do Rei Olavo, da Suécia, chamada Ingegerda e apelidada em Quieve de “Irene”. 
Assim, o Reino de Quieve consolidou o seu domínio por todo o interior da atual Rússia Ocidental. Mais tarde, Ingegerda também foi santificada, e ficou conhecida pelo nome de Santa Ana.

Durante todo o Século XII os varegues, descendentes dos conquistadores vikings, foram sendo cristianizados e assimilados pelos diversos povos eslavos daquela grande região da Rússia. Apesar de ser um período de servidão da Idade Média, este foi um século em que o povo pode desfrutar de uma relativa paz, sem muitas lutas, principalmente no campo, onde a vida caminhava de maneira tranquila e bucólica.
De vez em quando, o Reino de Quieve sofria ataques dos povos do leste, mas nada que se comparasse com as terríveis invasões dos tártaros e mongóis, que aconteceram no começo do Século XIII, quando o Reino de Quieve já estava começando o seu declínio político-militar. No final do Século XII os Principados da Rússia de Quieve começaram a sofrer os primeiros ataques das tribos vindas do leste, do interior da Ásia, como os tártaros. 

Por sua vez, os tártaros já estavam sendo pressionados pelos hábeis guerreiros mongóis que, montados em seus pequenos cavalos, e armados com seus famosos arcos curvos, espalhavam o terror e faziam crueldades por onde passavam. Por outro lado, as armas pesadas, usadas pelos antigos varegues, tais como o machado de combate, ainda eram usadas pelas forças da Rússia de Quieve. A força física já não era tão necessária no campo de batalha e, as novas táticas militares, misturando rapidez e agilidade, começaram a ter mais destaque. As táticas de ataque e retirada das guerrilhas orientais passaram a ser amplamente utilizadas para derrotar exércitos "pesados" e sem mobilidade.

Assim, no começo do Século XIII, em 1223, houve uma grande batalha, nas margens do Rio Kalka, onde as forças dos principados da Rússia de Quieve foram derrotadas pelas hordas improvisadas dos guerreiros vindos do leste.

Esta derrota mostrou a fragilidade do poder militar ultrapassado dos varegues e eslavos. Os tártaros tinham mais mobilidade e podiam atingir os seus inimigos com flechas disparadas de longe! Isto serviu de estímulo para Batu Khan, neto de Gengis Khan, montar e treinar um grande exército, formado por cerca de 25.000 cavaleiros arqueiros, para invadir a Europa, no ano de 1236.

Em fevereiro de 1238, as hordas de guerreiros mongóis, sob o comando do general Subutai, (ou Subedei), sitiaram a cidade de Vladimir, vizinha da região de Quieve. Isto mostrou que a tomada do outrora poderoso Reino de Quieve era apenas uma questão de tempo!
Os mongóis tomaram e incendiaram muitas cidades da Rússia, matando muitas pessoas. Eles vinham com táticas simples mas eficientes de combate e, aos poucos, foram vencendo as batalhas e tomando as cidades da Rússia de Quieve.

As batalhas foram terríveis e duraram até o ano de 1242, com a vitória do exército de ocupação dos mongóis.
Como resultado, os principados da Rússia tiveram que pagar tributos anuais aos mongóis e prestar vassalagem para a “Horda Dourada”, criada por Batu Khan. Os mongóis preferiram organizar a sua capital em Moscou, sendo que Quieve foi cercada, invadida e saqueada! 

Muitas das tropas invasoras eram islamitas, e adotavam o culto a Alá e ao Profeta Maomé! O seu livro sagrado era o Alcorão. Mas, eles não obrigaram a população dominada a seguir o islamismo, permitindo que eles continuassem com os seus costumes e religião.

Os antigos principados continuaram a existir, mas, alguns deles tiveram a sua liderança política substituída por militares indicados pela Horda Dourada, a organização militar, criada por Batu Khan, que tinha a sua liderança em Moscou.
Os dois últimos principados a se render foram os de Novogardia e Pescova, que preferiram não lutar, diante da superioridade tática e bélica do inimigo. Os mongóis também invadiram a Península da Criméia, a Hungria e a Polônia. Seu domínio sobre a Europa durou até o ano de 1480. 

Os mongóis criaram um sistema de cobranças anual de impostos da população dominada. Os fiscais e representantes do governo percorriam as aldeias para fazer a cobrança e enviar ao governo centralizado na cidade de Moscou, onde estavam os representantes da Horda Dourada, apesar do comando e liderança central da Horda estar localizado na China. 
Hoje em dia, os tártaros e descendentes dos antigos mongóis ainda vivem em algumas regiões do Cazaquistão e do Uzbequistão,mas, também houve uma certa miscigenação das raças, fato que deu origem ao atual povo da Rússia.
Assim, terminou tristemente a grande influência que os antigos comerciantes vikings e varegues exerceram sobre a grande região da Rússia de Quieve.

Quanto ao Império Bizantino, este foi se enfraquecendo e finalmente caiu, frente aos Turcos Otomanos, no ano de 1453, pondo fim ao Período da Idade Média na Europa, e prenunciando o começo da Idade Moderna e do Período Humanista Renascentista!

   Guerreiro mongol armado com um arco pequeno e a espada de lâmina curva.