O Rei Salomão, a Arca da Aliança e a Rainha de Sabá:
O Rei Salomão foi visitado pela Rainha de Sabá em 950 a.C.
aproximadamente. Segundo alguns historiadores, a mãe de Salomão, Betsabá, era
descendente de judeus negros, e Salomão também tinha, nas suas veias, um pouco
de sangue negro. Talvez tenha sido este um dos motivos que levou Salomão a ser
tão influenciado por esta jovem negra, rica e virgem, como era a Rainha Makeda,
do Reino de Sabá!
Mas Salomão, apesar de ser um monarca astuto, de boa aparência,
galanteador, e com um harém que tinha muitas concubinas, viu naquela jovem
muito mais do que uma amiga em quem podia confiar! Na verdade ele achou ela
muito inteligente e também gostou muito dela! Gostou tanto que acabou seduzindo
e desvirginando a jovem Makeda!
A Rainha Makeda ficou morando cerca de seis meses na corte de
Salomão, em Jerusalém. Durante este período, os dois se amaram muito e Makeda
acabou ficando grávida de Salomão! Mas, tanto Makeda quanto Salomão, possuiam
os seus reinos para administrar e, assim, ela teve que voltar para o seu Reino
de Sabá. Quem sabe, por causa dos seus deveres como monarca e também porque as obrigações
políticas não permitiram mais a sua permanência em Jerusalém, na companhia do
rei dos hebreus.
Esta aliança de Jerusalém com o Reino de Sabá foi muito
vantajosa para Salomão, pois permitiu um intenso comércio de mercadorias entre
as duas regiões, através de caravanas, que cruzavam o grande Deserto da Arábia,
e também através de navios fretados, que cruzavam o Mar Vermelho. Esta aliança,
entre Salomão e Makeda, deu bons frutos e resultou no nascimento de um filho,
chamado Menelik.
O Príncipe Menelik, filho de Salomão e de Makeda, quando atingiu
a sua maioridade, foi visitar o seu pai em Jerusalém, pois este já estava perto
de morrer. Seu pai lhe confiou a guarda da Arca da Aliança, que continha a
Tábua dos Dez Mandamentos, e ele a trouxe, para ficar na Etiópia, onde foi o
criador e o primeiro imperador da Dinastia Salomônica, que começou aproximadamente
em 930 a.C, e foi até 1974 d.C.
Até hoje Aksum é a cidade mais sagrada da Etiópia, onde fica a
Igreja da Arca da Aliança, e onde os religiosos dizem estar guardada a Arca e também
as duas Tábuas dos Dez Mandamentos!
A Arca da Aliança era um tipo de baú de madeira de acácia, quadrada,
forrada de ouro por dentro e por fora, e com quatro argolas externas de ouro,
para o seu transporte. Dentro da arca o patriarca Moisés guardava as duas
Tábuas da Lei, uma parte do cajado do seu irmão Aarão, e um vaso com um misterioso
alimento chamado “Maná”.
O maná é apenas a seiva que brota da árvore do tamarisco, (tamarix
mannífera), do Deserto do Sinai, rica em tanino. Esta seiva é proveniente das
pequenas gotas brancas e peroladas que o arbusto desprende durante a estação
das chuvas, e que se ressecam durante a noite fria, e depois caem no chão. Esta
seiva é recolhida, depois é moída e cozida, até se transformar num líquido
adocicado, semelhante ao mel, que é usado para fazer bolos e bolachas. Os
beduínos do deserto apreciam muito este alimento e o chamam de “pão do céu”, um
verdadeiro maná!
Quanto ao cajado de Aarão, este era um símbolo da autoridade do
irmão mais velho de Moisés, que era o sumo sacerdote dos judeus. Era Aarão quem
se pronunciava em nome de Moisés, uma vez que este tinha problemas de fala e de
dicção!
Os religiosos dizem que Aarão morreu com 123 anos, mas o seu
cajado floresceu quando foi colocado dentro da Arca da Aliança! Será que o “tal
cajado” também era feito da madeira da acácia, assim como a arca? Talvez o
cajado de Aarão fosse feito da madeira do tamarisco, a primeira árvore que ele
plantou quando chegou nas margens do Rio Jordão, depois de vagar 40 anos pelo
Deserto do Sinai em busca de Canaã, a “terra prometida”.
Na tampa da Arca da Aliança, também chamada de Propiciatório,
ficavam dois anjos (querubins) de ouro, tocando a ponta das suas asas e, no meio
dos quais, a “Shekiná” se fazia presente. Shekiná é a Energia Cósmica de Deus,
que habita no interior do Universo, sendo a sua alma, ou o Espírito de Deus!
Esta Energia Cósmica de Deus pôde vir coabitar no meio dos homens, através da
construção da arca, segundo um modelo de construção que foi “revelado” para
Moisés, pelo próprio Deus, durante o seu retiro no Monte Sinai!
Segundo as escrituras, quando Moisés fez o seu retiro de
quarenta dias, no Monte Sinai, ele se encontrou com Deus, que lhe apareceu no
meio de uma sarça ardente! A sarça é um arbusto da família da acácia, árvore
existente em muitos lugares do mundo. No nordeste do Brasil existe um tipo de
bebida feita com a casca da raiz da Acácia Jurema, também chamada de Jurema Sagrada,
e que possui propriedades alucinógenas. Ela é utilizada em muitos cultos das
divindades indígenas, porque é capaz de produzir sonhos adivinhatórios!
Será
que Moisés, lá no alto do Monte Sinai, andou preparando também algum tipo de
bebida alucinógena, da raiz da sarça sagrada, e que lhe fez entrar em contato
com as “divindades sagradas”? Não sabemos, apenas podemos supor.
Salomão foi um dos encarregados de guardar e preservar a Arca da
Aliança e, antes de morrer, passou este encargo para o seu filho Menelik. A
Arca da Aliança já tinha sido levada para muitas batalhas que o povo hebreu
disputou para a conquista do seu reino. A sua simples presença dava mais
motivação para as tropas lutarem! Como Salomão também gostava muito do seu
filho Menelik, quis dar para ele um objeto sagrado que o ajudasse a enfrentar,
com muita fé, os inimigos do reino que ele queria formar na região da Abissínia, na África.
Alguns místicos comentam que a arca era, na verdade, um tipo de
arma que o exército hebreu sabia utilizar quando era preciso. No meio dos dois
querubins de ouro, aparecia a Energia Cósmica de Deus, um tipo de raio de luz cósmica
que dava mais ânimo para as tropas hebraicas combaterem. Na verdade, a tampa da
arca foi construída para ser “o trono de Deus”, e o lugar onde a Energia Cósmica
podia se manifestar para os seres humanos!
Outros místicos afirmam que era sobre a tampa da arca que Moisés
acendia as velas do candelabro de sete braços, chamado Memorá, ou “lâmpada
sagrada”, que hoje é o símbolo do Estado de Israel. Os místicos especulam ainda
que Moisés descobriu algum tipo de bateria, que ficava guardada no interior da
arca, e que lhe permitia acender uma lâmpada em cima da tampa! Se Moisés
acendia ou não algum tipo de lâmpada, ou raio, em cima da tampa da Arca da
Aliança, eu não sei, mas, o que realmente nos interessa é que esta luz
simbolizava a Energia Cósmica de Deus, que está presente por todo o Universo!
Os monarcas axumitas, da Etiópia, (do antigo Reino de Axum, ou
Akxum), acreditavam serem descendentes de Salomão e de Makeda, a Rainha de
Sabá! Depois da morte da rainha de Sabá, seu filho Menelik, quando estava com
cerca de 20 anos, criou a Dinastia Salomônica, que governou o país por quase
3.000 anos e 225 gerações, só terminando em 1974!
Assim, Menelik soube honrar
os seus pais, e se proclamou imperador, com o nome de Menelik I. Com a morte do
Imperador da Etiópia, Haile Selassie, em 1974, esta longa Dinastia Salomônica chegou
ao seu final.
Akxum tornou-se mais rica a partir de 350 d.C, quando passou a
controlar a navegação pelo chamado “Chifre da África”, uma estratégica parte da
Abissínia, no Mar Vermelho, que se aproxima muito do país Yêmen, no sul da
Península Arábica. Naquela época o nível do mar era mais baixo e a travessia para o Yêmen era bem mais fácil. Um dos maiores monarcas axumitas foi Ezana, que cunhou a
primeira moeda da África e adotou a religião cristã. A Abissínia criou o seu
próprio alfabeto, que foi chamado de ge’es, e que ainda é falado naquela
região!
O Reino de Sabá realmente existiu, e ficava no sul da Península
Arábica, onde hoje se encontra o Yêmen. A capital ficava na cidade de Marib,
perto de onde foi recentemente encontrado o palácio da Rainha de Sabá, ou seja,
o Templo de Bilkis, como ela era conhecida entre os islamitas. Outro palácio,
construído por Menelik I, foi encontrado, em 2008, por uma equipe de arqueólogos
alemães, da Universidade de Hamburgo, em Aksum-Dungur, na Etiópia.
Parece que a rainha de Sabá preferiu ficar no Yêmen, perto da
cidade de Marib, onde tinha o seu palácio e era conhecida como Bilkis,
controlando o comercio de incenso, mirra, perfumes e outras especiarias que valiam muito. Na imagem ao lado vemos uma foto da cidade antiga de Marib, onde viveu a Rainha Makeda. Seu
filho, o Príncipe Menelik, se transferiu para a Etiópia, do outro lado do Mar
Vermelho, onde se transformou no primeiro imperador daquelas terras africanas,
levando consigo a Arca da Aliança.
Quanto ao Rei Salomão, este reinou durante 40 anos e foi um rei
sábio. Visitou algumas vezes a cidade de Marib, e a sua companheira favorita, a
Rainha de Sabá. Teve muitas esposas e concubinas, algumas das quais ele ganhou
de outros reis, como presente. Salomão morreu aproximadamente no ano de 931 antes de Cristo.
A cidade de Marib fica à cerca de 2.500 quilômetros de Jerusalém,
e o Rei Salomão, quando viajava em caravana para Medina, na Arábia, para
realizar os seus negócios comerciais, sempre dava um jeito de ir visitar a
Rainha Bilkis e o seu filho Menelik, em Marib, no Reino de Sabá, onde hoje fica
o Yêmen.
Na imagem ao lado podemos ver a localização da cidade de Marib, onde vivia a Rainha de Saba.
Alguns místicos afirmam que o Rei Salomão tinha um tapete
voador, ou uma “máquina voadora”, com a qual percorria a distância de Medina
até Marib em apenas um dia! Na verdade, Salomão foi uma das figuras mais
carismáticas da história da humanidade e, dizem as lendas, que ele chegou a ter
um harém com 700 esposas e 300 concubinas! Se uma mulher já é complicado,
imaginem ter que dar conta e cuidar de 1.000 mulheres!
O Rei Salomão construiu um famoso templo, a pedido do seu pai, o
Rei Davi, no qual ficava guardada a Arca da Aliança. Era o Templo de Jerusalém,
(também chamado Templo de Salomão). Ele foi auxiliado nesta construção pelo Rei
Hirão I, rei da cidade fenícia de Tiro, que lhe arranjou a madeira e alguns
trabalhadores fenícios especializados e conhecedores dos segredos das artes da
construção. Estes segredos construtivos foram passados para os trabalhadores
hebreus que mais se destacaram, e também para outros trabalhadores mais
esforçados, que vieram de outras regiões do Oriente. Como chefe dos
trabalhadores fenícios o Rei Hirão designou Hiram Abiff, um mestre arquiteto,
filho de uma viúva de Tiro.
O mestre Hiram separou os trabalhadores do Templo de Salomão,
segundo os seus graus de capacidades e conhecimentos, dividindo-os em
aprendizes, companheiros e mestres. Segundo alguns historiadores, a construção
do templo demorou cerca de sete anos, e empregou cerca de 80.000 trabalhadores!
Quando os Cavaleiros Medievais Cruzados tomaram a cidade de Jerusalém,
no ano de 1.099, eles receberam a permissão para escavar os escombros do que
restou das ruínas e alicerces do Templo de Salomão. Lá eles encontraram
documentos antigos, que foram traduzidos, e continham os segredos de como se
manifestava a Energia Cósmica de Deus, e de como foi organizada a construção do
Templo de Salomão, que abrigava tal energia divina.
De posse dos documentos e outros segredos encontrados na região
do Templo de Salomão, estes cavaleiros resolveram criar a Ordem dos Pobres
Cavaleiros do Templo de Salomão, ou simplesmente Cavaleiros Templários que, segundo
alguns historiados, foi uma das origens da atual Ordem da Maçonaria, que também
guarda alguns segredos daquela época... Os Cavaleiros Templários passaram a ajudar os peregrinos que vinham para Jerusalém e, com o tempo, tornam-se muito poderosos e influentes. Quando voltaram para a Europa formaram uma rica organização que emprestava dinheiro até para os reis.
Mais tarde, o Mestre Arquiteto Hiram Abiff, chefe dos trabalhadores fenícios, foi assassinado por
três trabalhadores do Templo de Jerusalém, que provavelmente queriam que ele
lhes revelasse os segredos lá existentes ou, quem sabe, lhes desse uma cópia da
chave da porta do Templo de Salomão, para que eles pudessem roubar os segredos
e também o ouro lá existente!
Os abissínios,
que viviam onde hoje fica a Etiópia, tinham uma civilização muito importante!
Muitos historiadores acreditam que nas montanhas da Etiópia ficava o lendário “País
de Ofir”, e as famosas Minas do Rei Salomão! A verdade é que nas montanhas da
Etiópia existem, até hoje, muitos minérios e pedras preciosas, as quais Makeda,
a Rainha do Reino de Saba, e mãe do Imperador Melelik I, muito admirava!
Vamos entender
agora o que de fato se passou naquela época: a Etiópia se chamava antigamente
Abissínia e, conforme já sabemos, a Rainha de Sabá teve um filho com o Rei
Salomão, chamado Menelik, que fundou o Reino de Akxum, na Abissínia. Este reino
deu origem, mais tarde, no século II d.C, à poderosa cidade de Aksum. Aksum foi
a capital do Reino de Akxum, um dos Estados mais poderosos desta rica região
africana, entre os séculos I e XIII. Portanto, durante 12 séculos! Outras duas
cidades muito importantes e prósperas deste reino foram Adunis e Matara.
O Reino de
Akxum, fundado por Menelik, filho do Rei Salomão, ficava numa região muito
estratégica, entre o Império Romano do Oriente e a Pérsia, e exerceu o seu
domínio sobre quase todo o Chifre da África, controlando a navegação pelo Mar
Vermelho, durante muitos séculos.
E assim termina a história do amor do Rei Salomão por Makeda, uma rainha do sul da Península Arábica. Gostaram?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça seu comentário aqui ou sugira um assunto histórico para ser pesquisado: